um silêncio antigo – e que foi uma escolha, eu sei.
foi de pensar que exteriorizar algo ainda tão pequeno seria sacrificar os minúsculos desejos que tornavam meus olhares mais mornos, meus gestos mais perfeitos.
agora, desse silêncio nasce um outro, muito menos leve, muito mais pesaroso. agora que palavras precisariam ser ditas.
a casa cheia, o peito cheio. o cheiro da pele sempre me trouxe problemas. deito na cama mais cedo para viver histórias imaginárias e penso que ser mais ou ser menos feliz, para mim, agora não importa. importa é poder ser outra pessoa.
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