a coluna inteira cravejada de gavetas, desejando escadas na cabeça… e frasquinhos de vidro com gotas lindas de sangue. lindas mesmo, quase pretas.
pedaços de pele roubados, sob as unhas. escrever histórias em pedaços de pele que ficaram guardados secos por tanto tempo e pensar absurdos, parecendo estar cuidando de mortos.
na mesa, casas e casas de passarinhos, sem ter nenhum passarinho. nem querer ter, já que nenhum deles viveria numa casa tão branca e tão longe de ser uma casa de passarinho…
cantar em voz alta, de olhos fechados, sentada no canto silencioso da sala da casa que terei um dia. de frente para a janela que poderia ser um resumo de todas as janelas pelas quais já me apaixonei.
engraçado como poucas coisas me sustentam tão bem como espaços vazios, mesas brancas e sombras postas bem diante dos olhos.

Dev em palavras .

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