é horrível ver que todas as noites uma mulher azul vem me olhar com pecado nos dedos. me olha e se cala sem permissão. é ela que tem sonhado os meus sonhos, desejado meus desejos, temido meus medos. é ela que, com seus olhos negros de mulher azul, tem olhado por mim e para mim e eu não consigo, não consigo.
ela é meu testamento antecipado.
ser um mistério sem sombras.

tenho aberto a mão de tudo e tenho fugido inesperada.
eu pedi, me intoque. mas ela me tocou imprecisa. e agora cada parte de mim foi partida ao meio. e cada meio ao meio. e cada meio ao meio.

Dev em palavras .

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *