um dia uma mariposa branca entrou no quarto de hóspedes, pousou sobre a parede branca e ficou imóvel por três dias. quando se movimentou, foi para levantar um vôo torto e sair pela janela prateada.
não adiantaram as flores, as luzes, a colcha amarela. não adiantaram as folhas caídas, o silêncio, a vista da praça vazia ao amanhecer.
voou, toda branca e frágil e minúscula, de encontro ao mundo e nunca mais voltou.
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