uma menina repetia, desatenta, palavras de amores trágicos.
o céu escureceria de tanta dor que a menina proliferava sem saber. mas o céu continuava azul, os pés da menina continuavam a balançar no ar, sua voz continuava suave e inconsequente. o que era sombra continuou a ser sombra enquanto ela recitava a morte de todos os amores eternos.
por um instante pensei que esse seria o momento crucial e que, a partir de então, nada mais seria o mesmo. mas nada mudou.