foi num dia roxo e demorado que ele se despediu pela terceira vez. abraçou-me pressionando a ponta dos dedos cruelmente contra o meu braço, querendo me atingir por dentro, querendo me machucar.

e foi num dia azul e qualquer que ele se despediu pela quinta vez. dessa vez não me tocou – a não ser com palavras. eu, que não consegui vê-lo arrumar as malas, fugi. tive medo de essa ser mesmo a melhor coisa a se fazer.

o nó se desfez mais uma vez. agora é como se tudo não houvesse sido.
mas os estragos sempre permanecem no subterrâneo esperando a hora de.

Dev em palavras .

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