uma coisa que nunca deveria ter acontecido, ele ter parado minhas lágrimas com os dedos.
ajoelhado, desencaminhando lágrimas. ele que é reinventado e eu sei. mas que é tão real quanto é cruel. e tão sincero que me dói saber que os seus pedidos agora tenham de ser turvos. uma boca que é um continente de palavras desconhecidas e que, juro, viveriam bem em mim.
ele, que inventa escudos e que me tem nas mãos e que me cristaliza, ainda que há tempos não me veja realmente.
enquanto eu beijo outro nome de mulher na nuca de um anjo toda noite, penso então que talvez seja isso: seja mesmo um grande desvio.
uma madrugada tão preta quanto outras e eu não quero que ninguém me toque assim nunca porque tenho um paraíso inatingível sob a pele e é tudo o que tenho.

Dev em palavras .

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