dormir na cama que ele arrumou. ele, que cuida dos meus sonhos. ele, que afofou seu travesseiro mesmo sabendo que poderia não voltar a dormir lá nunca mais porque a sua mulher perdeu o rumo.
o lençol com a dobra que eu faria, a mesma xícara de café, a mesma temperatura.
ser intransitável é uma maldição. e me dói escrever isso porque tenho medo de certas palavras. e, ainda assim, digo que é uma maldição.
só saber amar de longe, eu, que deveria ser tão exclusivamente sua… e nunca deixei de ser impossível.
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