uma cidade inteira pesando no peito
dois altares sem deus, um em cada olho
e coisas funcionando dentro do corpo como tumores. como feridas abertas e sem volta.

há dias em que penso em chorar mas o motivo mais verdadeiro, aquele que valeria a pena cada lágrima, está sempre a poucos centímetros das minhas mãos. e eu fico suspensa e iminente, e a manhã, o sol nascendo, o céu todo é um desconvite. passos largos em direção àquilo que seria o centro do corpo. toda madrugada é uma morte lenta e graciosa. reerguer-se é denso. desistir é inalcancável.

Dev em palavras .

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