é em horários críticos que ela gosta de ser inútil e coisas se acumulando, pilhas, filas, montes, colocam um sorrisinho quase estúpido em sua boca torta. porque nunca se sabe o que virá depois. porque o que realmente importa é aquilo que já foi feito ou que está aqui dentro ou que já deixou uma sementinha em seus dias de outras coisas melhores para fazer.
quase não dá para entender o que rege essa menina deitada entre um sonho e outro. dá quase vontade de gritar para fazê-la viver de verdade. porque é um desperdício funcionar só minutos antes das coisas acontecerem. parece pecado.
mas o sorriso deitado, a fila de desejos nos olhos, a colcha amarela e o peito revolvidos formam uma cena bonita de se ver.
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